No nosso país, praticamente cada capital de estado tem uma orquestra sinfônica, que apresenta sobretudo concertos de música clássica. Algumas cidades mantêm bandas e fanfarras, que são mais populares. Quem vai à apresentação de uma orquestra ou acompanha o alegre cortejo da banda, delicia-se com a melodia.
Os músicos, além dos respectivos instrumentos, carregam consigo a pauta musical. Nela estão escritas as notas musicais, o compasso do tempo, os acordes, os arranjos e outras informações úteis para a execução da música. O público que assiste a um concerto ou acompanha a banda não está interessado em ler aqueles papéis. Quer curtir o som. Somente o músico sabe como a pauta é importante. Ela garante que a composição seja executada com precisão e fidelidade.
A fé cristã é como a música que alegra o coração, desperta sentimentos ternos, eleva a alma, pacifica, ajuda o ser humano a entrar em sintonia consigo e com a beleza do mundo. Já o músico, que executa a melodia no seu instrumento, é o teólogo(a). Ele(a) precisa conhecer a teoria musical e desenvolver a habilidade de tocar o instrumento com precisão, criatividade e gosto. Se a fé é como a música, a teologia se assemelha à pauta musical. Lá estão fixadas, para as gerações atuais e futuras, as notas, os compassos e os arranjos da fé cristã.
A música é sempre mais do que a pauta. A pauta é somente um humilde serviço para executar bem a música. Assim acontece com a teologia.
Fonte: Afonso Murad, A casa da Teologia (em elaboração)
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